segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

PLAYMOROCK 4ª edição - Segundo dia - 13 de Novembro: SHOW, CATARSE, EMOÇÃO e "UMA LEGIÃO DE AMIGOS!"


Dez horas ininterruptas de rock. Dia 13 de Novembro de 2010, uma verdadeira maratona, das 19:30 até às 05:30h. Os portões do República Music Bar foram abertos às 19:30, horário exato da entrada da primeira banda, a AURORA. Com influências do heavy metal e do metal melódico, os meninos da AURORA mandaram um som de primeira e aqueceram satisfatoriamente o público inicial, que já se fazia presente em bom número. Nem mesmo o pequeno curto que apagou as luzes e obrigou o técnico de som a desligar os botões da mesa por alguns minutos, foi capaz de amenizar os ânimos dos fãs da AURORA. Problema resolvido, mais sonzeira animando a galera e fechamento da primeira apresentação com chave de ouro.
Público já aquecido e ainda mais ávido por rock, pronto. Estava armado o cenário ideal para a entrada da segunda banda da noite: RHEVAN. Com seu metal gótico e duas guitarras muito bem entrosadas nas mãos de Gleydson e Thiago, a RHEVAN presenteou o público com belas canções e riffs poderosos. Destaque também para o batera Matheus e, em especial, a vocalista Daniele Navarro, que evoluiu muito e mostrou domínio de palco e voz poderosíssima. A RHEVAN ganhou o público, que já se fazia maior, e o sorriso era explícito nos integrantes da banda. Batalha vencida.
A terceira banda a se apresentar foi a LUTANO. Aliás, público fiel a banda mostrou que tem, além do som engajado, com pitadas de rap, funk, hardcore e influências que vão d'O Rappa à Rage Against The Machine. Aos gritos vindos da galera de "LUTANO! LUTANO! LUTANO!", Eduardo, Cléber e Cia começaram a "destruição". A banda mostra que ainda existe espaço para a contestação no rock. Interação total com o público, amigos no palco pra uma homenagem ao Rage Against e finalização arrasadora. LUTANO incendiou de vez a área, que já contava nesse momento, mais ou menos umas 22:40 h, com a casa praticamente cheia.
Com "Precisamos Aprender A Navegar No Caos" intitulando o primeiro CD da carreira de quase oito anos, a banda NOCTURNO (RJ) presenteou Campo Grande, com o lançamento dessa relíquia em nossas terras. Punk, pós punk, psicodelia, poesia, enfim... NOCTURNO no palco da PLAYMOROCK. Aos primeiros acordes de "Falsos Dias", música de abertura do CD, a banda carioca "hipnotizou" a todos. A galera cantava junto o refrão: "Falsos dias, falsos amigos!". E assim aconteceu com todo o repertório em uma hora de apresentação e uma inesperada emoção até mesmo de outros músicos presentes ao som da NOCTURNO. Caos e comoção, galera cantando e dançando. Fim da apresentação. Cléber, Emerson, Eduardo e Benito pareciam ainda não acreditar no "caos" que causaram. Brilhante.
Jaum, Rafael e Andrey, esses moleques de Miranda simplesmente tocam com um prazer imenso, "amor à causa" mesmo, sem pose ou estilo definido, rock, só isso. A INKURTTO veio de Miranda/MS pra surpreender os céticos, que não conheciam nada vindo de lá. Quinta banda a tocar, a INKURTTO conquistou o público com simplicidade, interação, covers bacanas e músicas autorais com qualidade, já apontando um futuro bastante promissor na cena rock do Estado e até nacional. Guardem esse nome: INKURTTO. (Até a próxima, meninos, com certeza!)
01:20h. A banda SKIN NATIVA sobe ao palco, sexta apresentação do Festival. Casa cheia nesse momento. A SKIN toca a primeira como se fosse a última, os integrantes com gás total e Rafael (vocal) arrepiando as almas roqueiras. Mal sabiam os presentes que a primeira música seria realmente a única, pois era chegada a hora da troca de vocalista. Rafael desceu do palco e Alexan (rádio UCDB) anunciou aquele que faria a grande homenagem à maior banda brasileira de todos os tempos, a Legião Urbana, acompanhado da banda SKIN NATIVA: o melhor cover do Renato Russo, de São Paulo, DIMAS BORBA! Catarse, lágrimas, gritos, pogação!!!! A SKIN começa com "Há Tempos" e DIMAS BORBA surge no palco com flores brancas, camisa branca, óculos quadrados, cabelos desgrenhados. A figura de Renato Russo estava devidamente encarnada ali, em DIMAS BORBA, e os acordes básicos da Legião Urbana perfeitamente executados pela SKIN NATIVA. Perfeição. Aliás, "Perfeição" foi apenas um dos clássicos tocados. "Fábrica", "Giz", "Quase Sem Querer", "Será", "Eu Sei", etc etc etc. DIMAS BORBA não é apenas "mais um cover", ele é um fã, estudioso da obra da Legião Urbana, portanto, não cai na imitação grosseira ou no piegas. DIMAS tem um timbre de voz muito semlhante a de Renato Russo e interage com a platéia como um deles, interação com cheiro de pólvora, explosiva, corrosiva! Duas horas de rock legionário, celebração incontida. "Viva Legião!"
Ainda anestesiada, a galera aplaude a entrada da banda PROFESSOR LAO, idealizada por Marcus Câmara (também baixista da Haiwanna). O som "IndieRockPopUp" é aprovado de imediato por todos os presentes. Belas letras, baixo pulsante, vocais e batera afiados, a PROFESSOR LAO faz um belo show e mantém o pique das apresentações lá em cima.
Nona apresentação da noite: GOBSTOPPER. O trio formado por Marcel, Leco e Elizeu, com seu "chocorrock", ameniza o peso do Festival com suas letras sarcásticas e adocicadas, mas sem deixar a peteca cair. Sensibilidade e algumas influências evidentes e ótimas, "hermanas" principalmente. GOBSTOPPER manda bem e os fãs agradecem.
04:40h. Décima e última apresentação da Play 4: IDIS. As cinco garotas da banda IDIS mostram muita disposição, mesmo com o sol quase nascendo, além de uma cartilha baseada no rock pulsante e dançante. Pegadas certeiras da bateria e guitarras simples e hipnóticas elevaram a temperatura da Playmorock. E pra arrasar de vez, Maíra Espíndola (Dimitri Pellz) sobe ao palco pra uma jam incendiária. Lindo show. 05:30h.
O que dizer mais? A Playmorock é mais que um festival, é "uma legião de amigos". Valeu, até 2011!

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